domingo, 21 de dezembro de 2014

O Natal para o Islamismo

Como o nascimento de Jesus é representado pelo Islamismo

Ao contrário do que muitos pensam, os muçulmanos acreditam, sim, em Jesus:



Uma das minhas primeiras descobertas no Islamismo foi que ele era muito mais parecido com o Cristianismo do que poderíamos julgar a princípio.
Jesus Cristo também é muito estimado pelos muçulmanos, assim como Maria e José, bem como inúmeros profetas e personagens bíblicos que reaparecem no Alcorão, o livro sagrado do Islamismo.
Diferentemente do Cristianismo, que considera Jesus como um Deus e como um Filho de Deus, para os muçulmanos Jesus Cristo é um Profeta, tal como Mohammad. Por outro lado, o nascimento miraculoso de Jesus também é relatado no Alcorão. Vejamos como Maria, Jesus e o seu nascimento são relatados no Alcorão:

"E quando os anjos disseram: Ó Maria, Allah te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os próximos de Allah.
"Falará aos homens ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos.
"Perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Allah cria o que deseja, posto que quando decreta algo, basta dizer: Seja! E é.
"Ele lhe ensinará a escrita, a sabedoria, a Torá e o Evangelho".

Como podemos ver, Jesus é um Profeta muito respeitado e Maria, além disso, é a única mulher que é citada pelo nome em todo o Alcorão.

Abaixo deixo um vídeo que mostra a visão do Islamismo sobre Jesus. Bom vídeo:


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Mulher no Islamismo

A Mulher no Islam


Tendo visto como as mulheres foram cruelmente tratadas   por diferentes religiões, Civilizações e Culturas, ser-nos-á, agora, possível entender corretamente e apreciar os alcances gloriosos do Islam nesta questão, e de como ele, de fato, elevou a posição da mulher na sociedade.
Por isso, ao longo deste trabalho, tentaremos refutar as alegações das pessoas desencaminhadas contra o Islam em relação à mulher, e elaborar a sua real posição no Islam. No meio das trevas que mergulharam o mundo, a Revelação Divina ecoou, no deserto hostil da Arábia, com uma Mensagem Lúcida, nobre e Universal para a humanidade:
''Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Deus é vosso Observador.'' (Alcorão Sagrado 4:1)
O famoso sábio muçulmano, Al-Khuli Al Babi, ponderou sobre este versículo e declarou:
''É crença geral que não existe texto, quer antigo, quer moderno, que diga respeito à humanização da mulher sobre os aspectos da vida, numa tal espantosa brevidade, eloqüência, profundidade e originalidade, como no Decreto Divino."
Assim, com um simples traço magistral, o Islam removeu o estigma da ''fraqueza" e da "impureza", com as quais as religiões mundiais caracterizaram a mulher. O Islam proclama que homens e mulheres provêm da mesma essência e, por conseguinte, se a mulher podia ser tida como fraca, o homem, também, poderia ser visto como tal, ou se o homem tinha uma centelha de nobreza, então a mulher, também, a deveria possuir. A propósito, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
''As mulheres são almas gêmeas dos homens.''
A elevação da posição da mulher e os seus respectivos direitos, patenteados nesta obra, estão garantidos pelo Próprio Deus, e podem ser facilmente encontrados nas duas mais importantes e autênticas fontes do Islam, ou seja, o Sagrado Alcorão e os Ahadith do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
Os direitos garantidos por Reis, ou por Assembléias Legislativas, podem ser tão facilmente removidos, quão o são conferidos; mas nenhum indivíduo, ou instituição tem autoridade para eliminar, ou emendar os direitos conferidos por Deus. Todos aqueles que pretendem ser Muçulmanos, têm que aceitar, reconhecer e reforçar os direitos sancionados por Deus. Se falharem em reforçá-los, ou os violarem, o veredicto do Alcorão é inequívoco:
''Aqueles que não julgam pelos preceitos que Deus revelou são descrentes.'' (Alcorão Sagrado 5:44).
E o seguinte versículo também proclama:
''Eles são os Iníquos.'' (Alcorão Sagrado 5:45).
Um terceiro versículo do mesmo capítulo diz:
''Eles são os prevaricadores." (Alcorão Sagrado 5:47)
Por outras palavras; se as autoridades temporais consideram as suas próprias palavras e decisões como certas, e as de Deus como erradas, eles não são crentes. Se, por outro lado, eles consideram os mandamentos de Deus como certos, mas rejeitam-nos deliberadamente em favor das suas decisões, então são Iníquos. Os prevaricadores ou infratores da lei são aqueles que desrespeitam a limitação da fidelidade.
Aspecto Espiritual
- A mulher tem, efetivamente, alma:
Nas tradições do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), encontramos uma prova clara de que a mulher tem, realmente, alma. Abdullah bin Mass'ud, reporta que o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
"De fato, a criação de cada um de vós (macho ou fêmea) foi levada a cabo conjuntamente no ventre da mãe, durante quarenta dias, sob a forma de uma semente, depois um coágulo de sangue (algo que se agarra) por igual período e, então, é-lhe enviado o anjo que assopra a respiração da vida, ou seja dá-lhe alma (o feto: macho ou fêmea). " (Bukhari e Muslim)
Fica claro, a partir desta tradição, que o feto de todo o ser humano adquire vida quando a alma, por ordem de Deus, é assoprada para ele. Uma vez mais, é do conhecimento geral que nenhum ser humano (macho ou fêmea) pode viver sem alma. Agora, será que as mulheres nem vivem, nem morrem? É então evidente que elas têm alma, tal e qual como os homens.
- Iman (fé):
O Islam é bastante explícito em relação ao fato da mulher ser completamente equiparada ao homem, perante Deus, em termos da fé; pois Deus diz:
''Ó fiéis, quando se vos apresentarem as fugitivas fiéis, examinai-as, muito embora Deus conheça a sua fé melhor do que ninguém; porém, se as julgardes fiéis, não as restituais aos incrédulos.''(Alcorão Sagrado 60:10).
E também diz:
''Sabe, portanto, que não há mais divindade, além de Deus e implora o perdão das tuas faltas, assim como das dos fiéis e das fiéis, porque Deus conhece as vossas atividades e os vossos destinos. ''(Alcorão Sagrado 47:19).
Nos dois versículos anteriores, Deus, denomina-as de mulheres crentes, sendo assim, quem tem, autorização para refutar o que Deus proclama?
3º -Ibadah (Adoração):
Em termos de obrigações religiosas e de adoração, tais como as cinco orações diárias, a zakat, o jejum e a peregrinação a Makkah, a mulher não é diferente do homem. A este respeito Deus, diz:
''Os fiéis (homens e mulheres) que praticarem o bem, observarem a oração e pagarem o zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão.'' (Alcorão Sagrado 2:277).
"Ó vós que credes (homens e mulheres)! É-vos prescrito o jejum como foi prescrito aos vossos antepassados, para que possais temer a Deus." (Alcorão Sagrado 2:183).
 - Jazaa (recompensa):
Deus promete recompensa, indiscriminadamente, para o homem e a mulher que sejam crentes e trabalhem honestamente. Ele diz:
''A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações. '' (Alcorão Sagrado 16:97).
''Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja.'' (Alcorão Sagrado 4:124).
"Entrai no jardim (Paraíso), vós e vossas esposas e alegrai-vos.'' (Alcorão Sagrado 43:70).
 - Eva não é a Causa da Queda de Adão (que Deus esteja satisfeito com ambos):
De acordo com o Alcorão Sagrado, a mulher não é culpada do primeiro erro de Adão. Ambos erraram na sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram, e ambos foram perdoados. Podemos ler o seguinte no Alcorão:
''Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam.'' (Alcorão Sagrado 2:35-36).
''Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados! '' (Alcorão Sagrado 7:22-23).
De acordo com o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Toda a criança nasce com igual natureza...''Tal significa que todo o recém-nascido carrega consigo (seja ele ou ela) uma igual e inocente natureza, e nunca nasce pecador, isto encontra-se em total contradição com o Credo Cristão do pecado inato.
Aspecto Social
 - Direito à Vida:
O primeiro e fundamental direito é, o direito à vida. A Lei Islâmica diz:
''Aquele que matar um ser humano (homem ou mulher) sem que ele tenha cometido homicídio ou semeado corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade.''(Alcorão Sagrado 5:32).
"E não destruas a vida que Deus tornou sagrada a não ser em casos de justiça." (Alcorão Sagrado 6:151).
Apesar da aceitação social do infanticídio feminino entre as tribos árabes, o Islam proibiu este conhecido costume, e considerou-o um crime como qualquer outro assassinato:
''Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado 81:7-9).
Criticando a atitude de tais pais que rejeitam crianças do sexo feminino, Deus diz:
"Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam! '' (Alcorão Sagrado 16:58-59).
Além disso, o Islam requer, para ela, um tratamento amável e justo. Entre os dizeres do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), citamos o seguinte:
"Qualquer um que tenha uma filha e que não a enterra viva, que não a insulta, nem favorece o seu filho em detrimento da sua filha, Deus fá-lo-á entrar no Paraíso." (Ibn Hanbal).
- Dignidade Humana:
Como ser humano, a mulher é perfeitamente igual ao homem, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), declarou:
"Na verdade, as mulheres são as irmãs dos homens."
Tal implica que ambos, homem e mulher, provêem dos mesmos pais, ou seja, de Adão e Eva, sendo assim, como pode a mulher ser inferior ao homem, se ela surge dos mesmos pais? Realçando o mesmo, o Alcorão Sagrado observa:
''Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea ... Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. '' (Alcorão Sagrado 49:13).
Por outras palavras, a honra perante o Criador nunca será dependente do sexo, mas sim da piedade.
- Direito à Educação:
Os primeiros versículos do Alcorão Sagrado ordenam ao Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), bem como aos muçulmanos (homens e mulheres), o seguinte:
''Lê, em nome do teu Senhor Que criou; criou o homem de um coagulo. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, Que ensinou através do cálamo, ensinou ao homem o que este não sabia. '' (Alcorão Sagrado 96:1-5).
Portanto, será extremamente difícil negar o fato de que o Senhor Todo-Conhecedor e Criador do Universo tenha começado a Sua Revelação pela seguinte ordem: "Lê"; ler, é indicativo da importante proeminência de se adquirir o conhecimento, o profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
''A procura do conhecimento é um dever para todos os muçulmanos (homens e mulheres)''
E ainda acrescentou:
''Procurem a sabedoria do berço até o túmulo.''
E disse também:
''Procurai o conhecimento nem que para isso tenham que ir a China."
 - Direito à Justiça:
Uma igualdade absoluta entre homem e mulher foi estabelecida no Islam, no que diz respeito às leis civis e penais, a Lei Islâmica não reconhece qualquer distinção entre elas no tocante à proteção da vida e da propriedade, da honra e da reputação, Deus diz:
"E elas (as mulheres) têm mesmos direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas.'' (Alcorão Sagrado 2:228).
''Ó fiéis (homens e mulheres), sede firmes em observardes a justiça, atuando de testemunhas, por amor a Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los. Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis.'' (Alcorão Sagrado 4:135).
A Lei Islâmica dita a pena de morte ao assassino, tenha ele morto um homem ou uma mulher, uma vez que a vida desta é tão sagrada quanto a daquele. Se uma mulher perdoar o assassino de um parente, os outros familiares não têm autoridade para anular o seu consentimento no perdão.
- Igualdade Perante a Lei:
No que diz respeito à prescrição das penas, o Islam condena da mesma forma, seja homem ou mulher, tomemos três exemplos: assassinato, roubo e adultério. Vejamos quais as penas que o Islam aplica ao homem e à mulher. No Alcorão Sagrado podemos ler:
''Ó fiéis, está-vos preceituado o talião para o homicídio: livre por livre, escravo por escravo, mulher por mulher. Mas, se o irmão do morto perdoar o assassino, devereis indenizá-lo espontânea e voluntariamente. Isso é uma mitigação e misericórdia de vosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrerá um doloroso castigo. '' (Alcorão Sagrado 2:178).
''Quanto ao ladrão e à ladra, decepai-lhes a mão, como castigo de tudo quanto tenham cometido.'' (Alcorão Sagrado 5:38).
''Quanto à adúltera e ao adúltero, vergastai-os com cem vergastadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis testemunhe o castigo.'' (Alcorão Sagrado 24:2).
Assim, a partir dos versículos acima citados, fica perfeitamente patente que a Lei Islâmica aplica, indiscriminadamente, os mesmos castigos a ambos os transgressores, homem e mulher.
O Islam Realmente Honrou a Mulher
O Islam exaltou generosamente a mulher, honrou-a e tratou-a com civilidade, quer como criança e adolescente, quer como esposa e mãe.
a) - Como Criança e Adolescente:
Antes do advento do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o mundo degradou a mulher e, praticamente, baniu-a. Ela tinha sido atirada para tão profundo abismo, que parecia não haver esperança na sua redenção. O Islam lutou acirradamente contra esta injustiça, sublinhando que a vida precisava tanto do homem como da mulher. A mulher não foi criada para ser ridicularizada e banida, como o homem, a mulher tem o seu propósito e direito à existência, e a Natureza está a alcançar o seu objetivo com a ajuda de ambos, homem e mulher, conforme reza o Alcorão:
"A Deus pertence a Soberania dos céus e da terra. Ele cria o que deseja. Dá filhas a quem deseja e dá filhos a quem deseja; ou dá-lhes aos pares machos e fêmeas, e torna estéril a quem deseja, pois Ele é Sábio e Poderoso.'' (Alcorão Sagrado 42:49-50)
Onde todas as outras religiões privam a mulher de todos os direitos, até ao de viver, o Islam garante-lhe os mesmos direitos que ao homem. O Islam também avisa aqueles que pretendem retirar-lhes os seus direitos, serão, seguramente, responsáveis perante Deus no Dia do Julgamento.
''Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado 81:7-9).
O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), instituiu numerosas instruções a favor da mulher. Favores que ela não podia obter mesmo dos auto-denominados apoiantes modernos dos direitos da mulher. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:
''Deus proibiu-vos a desobediência às vossas mães, a recusa a sancionar direitos, a acumulação de riqueza de qualquer maneira (halal e haram = lícito e ilícito) e o enterro de filhas vivas." (Al Bukhari).
Ele disse, igualmente:
"Um homem que tem uma filha e não a despreza, não a enterra viva, nem prefere o seu filho em detrimento da sua filha, Deus admiti-lo-á no Céu." (Abu Daud).
Sobre Fatimah o Profeta disse:
''A minha filha é a minha carne, qualquer problema com ela causará a minha dor." (Bukhari e Muslim).
Os ensinamentos Islâmicos revolucionaram o pensamento daqueles homens que enterravam as suas filhas vivas, e que não sentiam qualquer vergonha ao fazê-lo. Começaram a amar e a alimentar as suas filhas. Aqueles que no passado tinham recusado a abrigar as suas próprias filhas, tornaram-se os guardiães das filhas de terceiros.
Por ocasião da Batalha de Uhud, o pai de Jabir, disse-lhe:
"Meu filho, eu posso ser martirizado na batalha que se avizinha; se isso acontecer, aconselho-te a tomares conta das minhas filhas."
Assim aconteceu, Jabir, que ainda era novo, desposou uma viúva que tinha à sua responsabilidade as sua irmãs. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), perguntou-lhe:
"Porque é que não casaste com uma mulher jovem?''
Ele respondeu:
"Ó Rassulullah (Mensageiro de Deus)! O meu pai foi morto na Batalha de Uhud, deixando atrás de si nove filhas, que são minhas irmãs. Por isso, escolhi tal mulher para o meu casamento que pudesse tomar bem conta delas."
O Profeta disse: "Agiste bem." (Al Bukhari).
Estes são exemplos que a história de outras religiões não podem apresentar, o Islam é a única religião que honrou a mulher, desde a sua infância até à sua morte.
b)- Como Esposa:
O casamento é a união legal entre um homem e uma mulher para toda a vida e, por conseqüência, não tem como objetivo ser uma ligação temporária. É por isso que, no Islam, o "mutah", ou seja casamento temporário, é proibido.
Assim, o casamento no Islam é compartilhado pelas duas metades da sociedade, e os seus objetivos, para além de perpetuar a vida humana, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. A sua base é o amor e a misericórdia. Entre os versículos mais impressionantes do Alcorão, sobre o casamento, está o seguinte:
''Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.''(Alcorão Sagrado 30:21).
Esta é uma importante definição da relação existente entre esposo e esposa, através do casamento, espera-se que encontrem tranqüilidade na companhia um do outro, limitados, não somente pela relação sexual, mas, também, pelo amor e misericórdia. Tal descrição inclui carinho mútuo, consideração, respeito e afeto.
Existem numerosas tradições, particularmente as narradas por Aicha esposa do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), que fornecem uma clara visão interna do modo como o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), tratava as suas esposas, e da forma como estas o tratavam.
O aspecto mais relevante, sobre este assunto, é o da evidência do cuidado e respeito mútuos das relações matrimoniais. Não existe qualquer servilismo por parte das esposas, existem quase tantas referências ao Profeta em levar a cabo determinadas ações de modo a agradar às suas esposas, como as há destas a retribuírem-lhe a atenção. O Alcorão refere-se às esposas de uma forma geral, num outro capítulo, dizendo:
''Elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.'' (Alcorão Sagrado 2:187).
Por outras palavras, assim como o vestuário fornece calor, proteção, decência e elegância, também o marido e a esposa oferecem a cada um intimidade, conforto e proteção para não cometer adultério, ou outro tipo de ofensa.
Tudo isto vai de encontro ao que foi retirado do Alcorão, de que um dos mais importantes objetivos dos regulamentos que orientam o comportamento e relações humanas, é o de preservar a unidade familiar, de tal modo que a atmosfera de tranqüilidade, amor, misericórdia e consciência de Deus, se possa desenvolver e florescer para o benefício do marido e da esposa, bem como das crianças nascidas do matrimônio.
É evidente que, onde as outras religiões condenaram a mulher, o Islam honrou-a. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) elevou a posição da mulher e forneceu-lhe um lugar respeitável no seio da sociedade humana.
C)- Como Mãe:
O Islam considera deveras importante a bondade para os pais a seguir à adoração de Deus. O Alcorão refere:
''O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. '' (Alcorão Sagrado17:23).
Mais do que isto, o Alcorão Sagrado contém recomendações especiais relativas ao correto tratamento a ter em relação às mães.
''E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.'' (Alcorão Sagrado 31:14).
Numa família muçulmana, no que diz respeito à honra, o Islam ordenou que se honrasse a mãe mais do que o pai, a irmã mais do que o irmão, e a filha mais do que o filho.
Certo homem dirigiu-se ao Profeta perguntando: "Ó Mensageiro de Deus! Quem, de entre as pessoas, é a mais merecedora da minha companhia?" O Profeta respondeu: ''A tua mãe". O homem retorquiu: "Depois, quem mais?" Só então o Profeta Muhammad disse: "O teu pai". (Bukhari e Muslim).
Ainda existe o famoso dito do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"O Paraíso encontra-se aos pés das mães" (Nassal Ibn Majah, Ibn Hanbal).
Ele também disse:
"É o generoso (em caráter) aquele que é bom para as mulheres, e é fraco aquele que as insulta"."Deus ordena-nos que tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois que elas são nossas mães, filhas e tias."
d)- Direito de Escolher um Marido:
De acordo com a Lei Islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, não é legal que um tutor force uma moça adulta a casar-se. Ninguém, nem mesmo o pai, ou o soberano, pode, legalmente, casar uma mulher adulta sem a permissão desta, seja ela virgem, ou divorciada.
Ibn 'Abbas narrou que uma jovem dirigiu-se ao Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e relatou que o seu pai a tinha forçado a casar-se sem o seu consentimento. O Profeta deu-lhe a escolher entre aceitar o casamento, ou invalidá-lo. (Ibn Hanbal).
Para além de todas as prevenções relativas à sua proteção durante o tempo do matrimônio, o Islam decreta, especificadamente, que a mulher tem todo o direito ao seu "Mahr" (dote). As regras para a vida de casado no Islam são claras e encontram-se em harmonia com a verdadeira natureza humana. No tocante aos aspectos psicológico e fisiológico do homem e da mulher, cada um possui iguais direitos e exigências sobre o outro, à exceção de um tipo de responsabilidade o do chefe. Este é um assunto natural de qualquer vida em comum, e que é consistente na natureza do homem. Por isso, o Alcorão declara:
"E elas (as mulheres) têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas, condignamente; mas os maridos conservam um grau (de primazia) sobre elas.'' (Alcorão Sagrado 2:228).
Tal grau é "Qiwamah" (a manutenção e a proteção), isto refere-se à diferença natural entre os sexos, que sujeita o sexo fraco à proteção. Tal não implica qualquer tipo de superioridade, ou de vantagem, perante a lei. Todavia, o papel masculino de chefe em relação à sua família, não significa a prepotência do marido sobre a sua esposa.
Para além dos seus deveres básicos como esposa, existe o direito que é, vivamente, recomendado pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e vem sublinhado no Alcorão, o tratamento amistoso e companheirismo.
''Harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.'' (Alcorão Sagrado 4:19).
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
"O Melhor entre vós é aquele que for melhor para a sua família; e eu sou o melhor entre vós para a minha família."
"Os Crentes mais perfeitos são os melhores em conduta, e os melhores de entre vós são aqueles que são melhores para as suas esposas." (Ibn Hanbal).
"Quanto mais cívico e amistoso for um Muçulmano para com a sua esposa mais perfeita é a sua fé. " (Tirmidhi).
''A mulher" - disse ele - ''É a rainha da sua casa."
Para o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) a mulher não é "um instrumento do Demônio", mas, sim, uma "Muhsanah" (uma fortaleza contra Satanás).
Antes do advento do Islam, a união matrimonial do homem e da mulher tinha sido vista com desaprovação, tendo sido considerada como depreciativa para o homem em algumas religiões. Mas o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) deitou abaixo todas estas considerações, de uma vez por todas:
"O casamento está no meu destino, e quem declinar este meu caminho, não é meu apoiante (ou seja não é meu seguidor).'' (Bukhari e Muslim).
Assim como é reconhecido o direito à mulher de decidir sobre o seu casamento, também é reconhecido o seu direito a procurar finalizar um matrimônio mal sucedido.
e)- Direito de Pedir o Divórcio:
Apesar de, no Islam, o casamento não ser uma relação temporária, sendo considerado para durar toda a vida, a sua dissolução será inevitável se ele falhar ao servir os seus propósitos. É nessa altura que surge o divórcio.
Devemos esclarecer que, no Islam, o divórcio é o último recurso quando todos os esforços conciliatórios falharem. A propósito do divórcio, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) avisou com veemência:
"De todas as coisas legais, o divórcio é a mais detestável aos olhos de Deus. "
O Islam não confina o direito ao divórcio só ao homem ou à mulher, se a mulher não se sente segura, ou feliz com o seu marido, ou se este é cruel para ela, ou se tornou impossível viver a o seu lado, ela tem o direito de procurar o divórcio através de um Tribunal Muçulmano, sendo tal tipo de divórcio denominado de "Khul'ah". Em qualquer dos casos, mesmo que o divórcio seja concedido, ela deve ser tratada amistosamente. O Alcorão diz:
''O divórcio revogável só poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado'' (Alcorão Sagrado2:229).
O Vestuário da Mulher Muçulmana
No presente, o grande mal do mundo é o nudismo, que tem influenciado bastante as já confusas mentes humanas, subministrando os ilimitados meios da sensualidade. A mulher já é, na aparência, suficientemente atraente e charmosa; se a isso acrescentarmos a nudez, então a confusão será enorme, tornando ao homem muito difícil controlar as suas paixões.
Assim sendo, o Islam condena todos os tipos e fontes do mal que levem à imoralidade e destruam a sociedade humana. O propósito de usar o vestuário é o de se precaver das conseqüências demoníacas da nudez, bem como o de manter a decência na sociedade.
É sinal de profunda ignorância o pensar-se que a nudez é o chamamento da modernização, com efeito, o nudismo é, o convite da cultura Ocidental sem Deus. Nada tem a ver com o termo "Moderno", o Islamismo é o modo de vida mais moderno. Ele permite, não somente o avanço nas ciências e tecnologias modernas, como encoraja todos os esforços canalizando-os para a obtenção de conhecimento em qualquer parte do mundo.
Uma vez que o Islam se dedicou a elevar a posição da mulher na sociedade, assim como a sua honra e a sua dignidade, no mesmo sentido ele recomenda à mulher que se vista decentemente; o que é recomendado no próprio interesse dela. A mulher Muçulmana pode casar-se com um só homem em qualquer altura que seja, não havendo espaço para a poliandria no Islam.
Se ela é a senhora de um marido, em particular, será realmente descabido, da sua parte mostrar o seu corpo, beleza, ou encanto, a outro homem. Se ela não se veste decentemente, e caminha seminua em público, qualquer homem perverso a seguirá com más intenções, mas, quando ela coloca o vestuário Islâmico, ou seja, um "hijab" próprio, qualquer pessoa, que se encontre sob a influência do demônio, terá de pensar duas vezes antes de se aproximar dela. E isto é o que diz o Sagrado Alcorão:
''Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos fiéis que (quando saírem) se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.'' ( Alcorão Sagrado 33:59)
''Dize às fiéis que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atrativos, além dos que (normalmente) aparecem; que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos.'' (Alcorão Sagrado 24:31)
É claro, também, que a intenção do vestuário é o de conceder beleza e graça, assim como a de servir de proteção contra os efeitos climáticos. Mas o intuito principal do vestuário é o de cobrir aquelas partes do corpo que devem estar resguardadas. Deus colocou a modéstia e a timidez na natureza humana, assim, a tendência para se ser modesto, e não exibir as suas próprias partes privadas, é inerente à natureza humana. É por isso que, quando Adão e Eva foram despidos do seu vestuário divino, eles cobriram de imediato os seus corpos com as folhas das árvores do Paraíso.
''Ó filhos de Adão, enviamos-vos vestimentas, tanto para dissimulardes vossas vergonhas, como para o vosso aparato; porém, o pudor é preferível! Isso é um dos sinais de Deus, para que meditem.''(Alcorão Sagrado 7:26)
Ao nos vestirmos, devemos nos lembrar que as roupas são uma benção e uma oferta de Deus, com as quais Ele contemplou, somente, os humanos. Elas foram negadas a todas as outras criaturas, por isso, devemos expressar a vossa gratidão a Deus, por este favor especial. Contemplados que somos com esta distinta dádiva, não devemos, nunca, atuar de modo contrário aos decretos de Deus sobre o vestuário, ou demonstrar ingratidão.
A piedade é o melhor ornamento, e significa pureza de espírito bem como uma correta aparência física. Por outras palavras, O Islam pretende que useis um vestuário do tipo prescrito pela Chari'ah para as Mulheres crentes, vestuário esse que não faça transparecer a arrogância ou o orgulho, nem permita que seja dada uma aparência masculina. O vestuário deve, na realidade, ser um emblema da boa conduta e devoção a Deus. Deve atuar, estritamente, em conformidade com as regras incluídas na Chari'ah, respeitantes ao vestuário feminino.
Uma mulher Muçulmana nunca deve usar vestuário transparente, que torne o seu corpo visível, nem tão-pouco usar um vestido muito justo que faça a sua figura ficar proeminente e sedutora, pois que, dessa forma, ela estaria nua, apesar de aparentar estar vestida. O Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) alertou, firmemente, este tipo de mulheres imodestas de um castigo severo:
"Tais coquetes estão condenadas ao Inferno (as que parecem nuas, apesar de aparentarem estar vestidas); elas atiçam as outras, e são por outras aliciadas, as suas cabeças assemelham-se a corcovas de camelos, por causa da sua postura de coquete. Tais mulheres não entrarão no Paraíso, nem terão sequer um ligeiro "cheiro" deste, apesar da fragrância do paraíso poder ser saboreada de muito longe." (Riadhus-Salihin).
O Hijab
A mulher Muçulmana deve, igualmente, cobrir-se com um lenço, e manter a sua cabeça e peito velados, ela não deverá usar um lenço (ou resguardo, ou véu) de material transparente que permita vislumbrar o seu cabelo. O objetivo do lenço é o de cobrir os seus pontos de beleza. O Todo-Poderoso diz:
''...que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos.'' (Alcorão Sagrado 24:31)
Recordando esta injunção de Deus, a mulher Muçulmana deverá seguir, escrupulosamente, o propósito do Mandamento Divino, e não deverá, jamais, desrespeitar a Ordem de Deus, ao usar apenas um pequeno bocado de tecido à volta do seu pescoço. Igualmente, ela não deverá usar seja o que for que a ridicularize.
Aspecto Econômico
1)- Direito de Posse Independente:
O Islam decretou para a Mulher o direito de posse independente, de acordo com a Lei islâmica, é inteiramente reconhecido o direito da Mulher ao seu dinheiro, aos seus bens de raiz, ou às suas outras propriedades. Este direito não é dependente de ela ser solteira, ou casada. Ela retém todos os direitos para comprar, vender, amortizar, ou alugar qualquer das suas propriedades. A este respeito, o Alcorão observa:
''Não ambicioneis aquilo com que Deus agraciou uns, mais do que aquilo com que (agraciou) outros, porque aos homens lhes corresponderá aquilo que ganharem; assim, também as mulheres terão aquilo que ganharem. Rogai a Deus que vos conceda a Sua graça, porque Deus é Onisciente.'' (Alcorão Sagrado 4:32).
É por causa deste direito de posse independente, que ambos os mandamentos de Zakat e de Hajj se tornaram obrigatórios para as mulheres que possam ter recursos para esses efeitos.
2)- Direito à Herança:
De maneira a consolidar o aspecto econômico da mulher, além de lhe garantir o direito à posse independente, o Islam garantiu, também, o direito à herança de seus pais, parentes, marido e descendentes. O Alcorão diz:
''Aos filhos varões corresponde uma parte do que tenham deixado os seus pais e parentes. Às mulheres também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes, quer seja exígua ou vasta, uma quantia obrigatória. '' (Alcorão Sagrado 4:7).
Aqui, a partilha é absolutamente dela e ninguém pode reclamar alguma coisa da mesma, inclusive o seu pai e os seus parentes; nem mesmo o seu marido. A sua parte é, na maioria dos casos, metade da parte do esposo, sem qualquer implicação de que ela seja inferior ao homem. Esta variação nos direitos hereditários é apenas consistente com as variações nas responsabilidades financeiras do homem e da mulher, de acordo com a Lei Islâmica.
O homem, no Islam, é inteiramente responsável pela manutenção da sua esposa, de seus filhos e, em alguns casos, dos seus parentes com certas necessidades, especialmente os do sexo feminino. Esta responsabilidade não é nem, renunciada, nem reduzida, por causa da saúde da sua mulher, ou devido ao seu acesso a alguma remuneração proveniente do trabalho, renda, lucro, ou de outros meios legais.
A mulher, por outro lado, está muito mais segura economicamente, e encontra-se muito menos sobrecarregada em relação a reclamações sobre as suas riquezas. Os seus bens, pré e pós matrimoniais, não são transferidos para o seu marido, e ela até mantém o seu nome de solteira. Após o casamento, ela não tem qualquer obrigação de gastar dos seus bens, ou dos seus rendimentos, seja com ela, seja com sua família. A metade da partilha dos bens que a mulher herda pode, deste modo, ser considerada generosa, visto que se destina só para ela.
Para elucidar este ponto, tomemos um exemplo: um pai de dois filhos - um rapaz e uma moça - faleceu e deixou 300 reais. De acordo com a Lei Islâmica da Herança, na ausência de outros herdeiros legais, a filha será titular de 100 reais, e o filho de 200 reais. Quando atingirem a maioridade e pensarem em casar, o jovem rapaz será obrigado a pagar um dote à sua mulher. Neste caso, ele terá que gastar parte do dinheiro da sua herança, e fica, ainda, obrigado a manter a sua família e a incorrer em todas as despesas neste sentido.
Em relação à jovem, (irmã do jovem rapaz referido) quando se casar, será intitulada a receber um dote de seu marido; previamente ela já tinha herdado 100 reais (da herança do pai falecido) e, agora, receberá mais algo proveniente do dote do seu marido, perfazendo um total bastante razoável. E, nunca será obrigada a gastar nada do seu dinheiro, por muito rica que ela seja, uma vez que o seu marido é responsável por a manter e aos seus filhos, enquanto ela for sua esposa. Será contraditório afirmar que o seu dinheiro aumentou, enquanto o do seu irmão diminuiu, ou desapareceu Completamente? Então, quem realmente beneficiou mais da herança? O filho, ou a filha?
Dificilmente se, poderá negar que, um exame minucioso à Lei Islâmica da herança, dentro do estudo geral dos princípios da Chari'ah, não só revela justiça mas, também, uma certa abundância de compaixão pela mulher.
Conclusão: Quando o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) tomou posse do Ofício Profético em 610 (Era Cristã), a maioria das nações Européias debatiam arduamente a natureza da mulher:
"Será que ela era realmente humana? Terá alma? Poderá Ter fé? Poderá ela adorar? Poderá ela ser recompensada por Deus da mesma forma que o homem? Poderá ela ser admitida no Paraíso? Poderá ela possuir bens? Poderá ela ter direito à herança? Em resumo, deverá ela ser tratada como um ser humano, ou apenas como um boneco nas mãos do homem?"
Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) o Guia da humanidade, que numa época em que nenhum país, nenhum sistema, e nenhuma religião dava qualquer direito, ou respeito à Mulher, solteira ou casada, esposa ou mãe; que num país onde o nascimento de uma filha era considerado uma calamidade, assegurou à mulher direitos que, à mulher Ocidental, no século XX, são concedidos de uma forma relutante e sob pressão, pelo Ocidente "civilizado"; e isso merece a gratidão da humanidade.
Se Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nada mais tivesse feito do que emancipar a mulher, a sua reivindicação para ser o maior benfeitor da humanidade teria sido incontestável. Não será, então, malícia por parte de alguns críticos Ocidentais para com o salvador da espécie feminina (que devolveu à mulher a sua posição devida na sociedade), tornando-o como seu inimigo?
Dizemos isto porque, mesmo hoje, no século XX, como no ano 610 quando Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) tomou a seu cargo o Ofício Profético, as pessoas desviadas do Ocidente continuam a proferir pensamentos maléficos sobre o Islam.
3)- Direito ao "Mahr" (Dote):
Para além de todas as precauções para a sua proteção na altura do casamento, o Islam decretou, especificamente, que a mulher tem o pleno direito ao seu "mahr" (dote), um presente matrimonial que lhe é oferecido pelo seu marido, sendo incluído no contrato nupcial, e que tal posse não se transmite ao seu pai, irmão, ou esposo.
O conceito de "mahr'' no Islam não é nem um preço atual, nem um preço simbólico da mulher (como, foi o caso em certas culturas), mas será, antes de mais, um presente simbolizando de amor e afeto.
"mahr" no Islam não é como o velho dote Europeu, que era ofertado por um pai à filha na altura do casamento, tornando-se propriedade do futuro marido.
Nem o "mahr" Muçulmano é semelhante ao "preço" da nora Africana, que era pago pelo noivo ao pai da noiva, como forma de pagamento ou compensação.
Pelo contrário, o "mahr" Muçulmano é um presente matrimonial do noivo à noiva, ficando este presente como exclusiva propriedade dela.
O Alcorão diz:
''Concedei os dotes que pertencem às mulheres.'' (Alcorão Sagrado 4:4).
4) Direito ao Emprego:
Quanto ao direito da mulher de procurar emprego, deveria tornar-se claro que o Islam vê o seu papel na sociedade como mulher e mãe, um papel sagrado e essencial. Nem as empregadas, nem as amas podem substituir a mãe no seu papel de educadora de uma criança. Tal papel, tão nobre e vital, que afeta largamente o futuro das nações, não pode ser levado de uma forma tão "leviana".
Não obstante, não existe qualquer regra no Islam que proíba a mulher de procurar o emprego sempre que para tal haja necessidade, tendo em conta as normas islâmicas de castidade, e assegurando-se que estas estão a ser respeitadas e, especialmente, em cargos que se coadunem com a sua própria natureza, onde a sociedade dela mais necessita.
Mesmo então, o Islam ensina o princípio da divisão do trabalho, destina trabalho algo enérgico e duro, fora da casa, ao homem, tornando-o responsável pela manutenção da família. Olha para o lar como a principal preocupação da mulher, delegando-lhe o cuidado da casa, a responsabilidade da educação e a vigilância das crianças um encargo que forma o mais importante item na tarefa da construção de uma nação. E ambos devem trabalhar em espírito de harmonia simpatia e amor. Ao fim e ao cabo, ambos têm a sua parte a desenvolver na vida, sendo a da mulher mais relevante tanto em importância como em nobreza. Pois que, se o homem se gaba de ganhar dinheiro, fabricar computadores, aviões, foguetes e mísseis, a mulher deverá, logicamente, silenciá-lo ao lembrar-lhe que ela é a parceira indispensável no criação do próprio Homem. Assim sendo, torna-se evidente que o aspecto econômico da mulher é mais seguro no Islam do que em qualquer outra religião.
O Seu Dever Sagrado
A mulher, na verdadeira acepção Islâmica, é um relicário de santidade em contraste com o Cristianismo, onde ela é olhada como fonte do mal. Com uma só palavra o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) elevou-a ao mais alto pedestal, quando disse: ''A mulher é a rainha da casa" e decerto "O Céu encontra-se sob os pés da tua mãe".
Sob os ensinamentos do Cristianismo, se a primeira mulher (Eva) trouxe o Inferno eterno, no Islam ela abriu a porta do Paraíso! Durante os últimos anos, tem havido luta permanente entre os dois sexos, relativamente aos seus respectivos direitos e obrigações; mas, poderão os advogados do Movimento Modernista reivindicar melhor posição para a mulher, do que já lhe foi concedida pelo Islam?
O Mundo deve saber e aceitar a verdade de que nenhuma outra fé, ou cultura, deu à mulher tantos direitos e preservou a sua honra e castidade, como o Islam o fez. Pierre Crabbites, no seu artigo sobre"Coisas que Muhammad fez pela mulher'' observa:
''A mulher muçulmana é uma força canalizadora, modelada por Muhammad há 13 séculos atrás, que assegurou às mães, mulheres e filhas do Islam, uma ordem e dignidade que ainda não está geneticamente assegurada às mulheres, pelas leis do Ocidente.''

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O Estado Islâmico:

Islâmico só no nome.

Nas últimas semanas estamos vendo o surgimento de um suposto "Estado" que se vale das práticas mais inconcebíveis e desumanas para se fazer respeitar. Além de tudo, usam o nome de "Islâmico" para justificarem as suas práticas e, com isso, só contribuem para aumentar os preconceitos que existem para com os muçulmanos. Mas uma análise racional do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, não nos permite ter dúvidas: este Estado Islâmico pode ser tudo, menos islâmico.
Isto porque no Alcorão está bem claro que a morte de inocentes é algo tão pecaminoso que chega a ser dito que todo aquele que matar um inocente é como se tivesse matado toda a humanidade. A tão famosa "Lei de Talião", que comumente é usada para atacar os muçulmanos, é categórica: a vingança é permitida, mas contra quem nos ataca.

Não há nada de islâmico em matar uma pessoa inocente. Não há nada de islâmico em obrigar uma mulher a se tornar sua esposa (o casamento só deve acontecer com a anuência da esposa). Sendo assim, muito embora se digam islâmicos, estas pessoas estão agindo em total desacordo com o que prega o Islamismo e o que está escrito no Alcorão.

As práticas terroristas não se coadunam com o Islamismo. O fato de milhares de muçulmanos estarem sofrendo em todos os cantos do planeta não pode ser usado como justificativa para fazer inocentes sofrerem e serem vilipendiados mundo afora. Estas ações só servem para que os preconceitos para com o Islamismo se agravem e todos os demais muçulmanos sejam vistos como intolerantes fanáticos, assassinos e estupradores.

O verdadeiro Islã é diferente: achar que este estado é islâmico é o mesmo que achar que elefantes podem voar.


segunda-feira, 30 de junho de 2014

As Premissas do Islamismo

As Premissas do Islamismo - Parte 1:

Shahada - O Testemunho de Fé:

Os Pilares do Islamismo são um conjunto de cinco obrigações que constituem a base da religião, aqueles pontos que precisam ser observados por todos aqueles que se consideram muçulmanos. O primeiro de todos eles é a shahada, que pode ser traduzida como "juramento" ou ainda "testemunho". Trata-se de duas frases que resumem a prática do Islamismo e reitera, diariamente, a condição de Unicidade de Deus e da profecia de Mohammad (também conhecido em português). Estas frases, em árabe, são as seguintes:

Em árabe se lê: "Ashado an la illaha ila Allah, ua ashado ana Mohammadan raçulul Allah". A tradução para o português é: "Juro que não há deus a não ser Deus e juro que Mohammad é o mensageiro de Deus". A explicação deste juramento pode ser feita em duas partes. Vamos a elas:

1- "Juro que não há deus a não ser Deus":
Esta primeira frase testemunha o conceito do monoteísmo, ou seja, que os muçulmanos adoram única e exclusivamente Deus, sem aceitar a intercessão de ninguém junto a Deus. O monoteísmo islâmico também se coaduna, a princípio, com o monoteísmo judaico e cristão: Allah é o termo árabe para Deus e não um Deus em particular para os muçulmanos. Daí podemos observar que Deus é Único e é o mesmo Deus dos judeus e dos cristãos.
No entanto, o monoteísmo dos muçulmanos vai além: não admite que ninguém seja adorado ao lado de Deus e, também, não admite também que se coloque intercessores diante de Deus, tais como ocorre com os católicos que também têm santos aos quais fazem pedidos e oferendas; tal prática é inadmissível no Islamismo.
Portanto a Unicidade de Deus é absoluta no Islamismo e esta frase deixa isso bem claro: não há nenhum deus que não seja Allah. Em um dos capítulos do Alcorão, o 112º, está escrito: "Ele é Deus, o Único. Deus, o Absoluto. Jamais gerou ou foi gerado. E ninguém é comparável a Ele". Fica claro que não há nada que se compara a Deus e também ninguém que O tenha gerado ou que Ele tenha gerado. Deus é, portanto, Único e Incomparável.

2- "Juro que Mohammad é o Mensageiro de Deus":
Este juramento reconhece que Mohammad foi o último profeta a quem Deus transmitiu um livro sagrado, no caso o Alcorão. Isso não faz de Mohammad algo além de um ser humano, ou seja, não dá a Mohammad características divinas. Em suma, os muçulmanos não adoram Mohammad ou acreditam que ele seja um parceiro de Allah. Este juramento, por outro lado, garante que Mohammad é um ser humano especial, pois foi o escolhido por Deus para transmitir os ensinamentos do Islamismo a toda a humanidade.
Embora tenha sido a última das três religiões monoteístas a surgir no planeta (depois do Judaísmo e o Cristianismo), o Islamismo não é uma religião nova ou diferente das anteriores: traz a mesma mensagem de que Deus é Único e aceita os livros anteriores revelados, tais como a Torá dos judeus e o Evangelho dos cristãos. No entanto, o Alcorão, livro revelado por Deus a Mohammad, mais do que complementa estes livros: os aperfeiçoa, corrige os erros e os substitui, uma vez que tanto a Torá quanto o Evangelho já não existem em sua forma impoluta.
Sendo assim, Mohammad é uma espécie de sucessor de Jesus, Moisés, Jacó, Isaac, Abraão e todos os profetas anteriores. Ele não é melhor ou maior, apenas o último e, portanto, aquele no qual a mensagem de Deus se encerrou. Ao jurar que Mohammad é o Mensageiro de Deus os muçulmanos estão, automaticamente, jurando também que Jesus é o Mensageiro de Deus, que Moisés também o é, assim como todos os anteriores a eles, haja vista que Mohammad trouxe a mesma mensagem, purificada de todas as mudanças e interesses anteriores.

Este é o primeiro pilar do Islamismo, o primeiro passo que todos os muçulmanos fazem para testemunhar sua fé. Não é uma frase vã nem uma frase qualquer: ela é carregada de significados e resumem de forma prática o que o Islamismo pretende de seus fiéis: crença apenas em Deus e na missão que Mohammad foi chamado a exercer por Deus.


Explicação do significado da Shahada

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Chegada do Ramadã

O Mês Sagrado de Ramadã

Um período de reflexão e bênçãos sem fim


Está se aproximando o mês sagrado do Ramadã. Mas qual é a origem e o significado deste mês?

1- Origem do mês sagrado de Ramadã:
O calendário islâmico, diferentemente do cristão, é baseado na lua. Portanto tem 360 dias ao invés dos 365 dias do calendário usado no Brasil. Além disso, os meses têm nomes diferentes dos nossos. Um destes meses chama-se Ramadã (que também pode aparecer grafado como Ramadão ou ainda Ramadan). Este mês é considerado sagrado para os árabes por diversos motivos, mas o principal está relacionado à revelação do Alcorão. Foi justamente em uma das dez últimas noites do mês de Ramadã, no ano cristão de 610, que o arcanjo Gabriel apareceu para Mohammad (em português conhecido como Maomé) e deu início à revelação dos primeiros versículos do Alcorão. Este mês ficou, desde então, considerado como o mais abençoado dos meses. Por ser um calendário de 360 dias o mês de Ramadã nem sempre cai no mesmo período do ano cristão: a cada ano há uma variação de mais ou menos dez dias entre o Ramadã de um para outro ano.

Os meses no calendário islâmico


2- Significado do mês sagrado de Ramadã:
O mês de Ramadã é considerado o mais sagrado de todos os meses do ano. É um período muito importante na vida dos muçulmanos. Segundo o Alcorão neste mês as portas do Paraíso estão abertas e todos que pedirem sinceramente perdão de seus pecados recebem uma bênção dupla. Uma das noites do mês de Ramadã recebe o nome de "Noite do Decreto", pois crê-se que foi em uma das últimas dez noites deste mês que o Alcorão foi revelado a Mohammad. Segundo o Alcorão esta noite é "melhor do que mil meses". Segundo as regras do Alcorão neste mês todos os muçulmanos devem fazer o sujud, ou seja, o jejum: não podem comer ou beber nada, sequer água, do nascer ao pôr do sol. Além disso as relações sexuais também estão proibidas neste período. Muitos muçulmanos costumam acordar antes da alvorada, fazem uma refeição leve para suportar todo o dia de jejum. Depois que o sol se põe, que ocorre em horários diferentes de acordo com a localidade, a refeição, as bebidas e as relações sexuais (com a sua esposa ou esposo) estão liberadas. O principal objetivo do jejum de Ramadã não é passar fome ou sede, nem tampouco emagrecer. O real objetivo é sentir o valor do alimento e da companheira, ou companheiro, valorizar cada aspecto da vida e suprir as necessidades daqueles que nada têm. Além disso este jejum propicia um comportamento introspectivo, que facilita o pensamento e a avaliação de nossa vida. Enfim, deve-se ler e escutar muito o Alcorão e praticar boas obras. O jejum do mês sagrado de Ramadã é, portanto, uma forma de purificação da alma e do corpo e um momento de fazermos um balanço de nossas vidas.

Durante o Ramadã as refeições de quebra do jejum são muito importantes para as famílias

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Maria - A Mãe de Jesus no Islamismo


Maria, a mãe de Jesus, na perspectiva Islâmica:

Ela é a única mulher que é citada pelo nome em todo o Alcorão.



Maria, a Mãe de Jesus, detém uma posição muito especial no Islã, e Deus a proclama como a melhor mulher entre toda a humanidade, a quem Ele escolhe sobre todas as outras mulheres devido à sua religiosidade e devoção.
“E lembra-lhes, Muhammad, de quando os anjos disseram, ‘Ó Maria!  Por certo Deus te escolheu e te purificou, e te escolheu sobre todas as outras mulheres dos mundos.  Ó Maria!  Sê devota a teu Senhor e prostra-te e curva-te com os que se curvam (em oração).’” (Alcorão 3:42-43)
Ela também foi um exemplo de Deus, como Ele disse:
“E (Deus propõe o exemplo para aqueles que crêem) de Maria, a filha de Heli, que guardou sua castidade; então sopramos nela Nosso Espírito (ou seja, Gabriel), e ela acreditou nas palavras de seu Senhor e Seus Livros e foi devotadamente obediente.” (Alcorão 66:12)
De fato ela foi uma mulher adequada a trazer um milagre como o de Jesus, que nasceu sem pai.  Ela era conhecida por sua religiosidade e castidade, e se fosse diferente, ninguém teria acreditado em sua alegação de ter dado à luz enquanto mantinha seu estado de virgindade, uma crença e fato que o Islã considera verdadeiros.  Sua natureza especial foi um dos muitos milagres provados em sua tenra infância.  Deixe-nos contar o que Deus revelou em relação à bela estória de Maria.

A Infância de Maria

“Por certo Deus escolheu Adão, Noé e a família de Abraão e a família de Heli sobre todas as outras da criação.  São descendentes, uns dos outros, e Deus é Oniouvinte, Onisciente.  Lembra quando a esposa de Heli (Hannah; também Ana) disse: ‘Ó meu Senhor!  Eu consagro a Ti o que há em meu ventre para ser dedicado aos Teus serviços (servir Teu Lugar de adoração); então aceita-o de mim.   Verdadeiramente, Tu és O Ouniouvinte, O Onisciente.” (Alcorão 3:35)
Maria nasceu para Heli e sua esposa Hannah, que era de descendência davídica vindo, portanto, de uma família de profetas, de Abraão a Noé, a Adão, que a Paz e as Bênçãos de Deus estejam sobre todos eles.  Como mencionado no versículo, ela nasceu para a família escolhida de Heli, que nasceu na família escolhida de Abraão, que também nasceu em uma família escolhida.  Hannah era uma mulher estéril que desejava uma criança, e ela prometeu a Deus que, se Ele a concedesse um filho, ela o consagraria a Seu serviço no Templo.  Deus respondeu à sua invocação, e ela concebeu uma criança.  Quando ela deu à luz, ela se entristeceu, porque sua criança era uma menina e geralmente eram os meninos que prestavam serviço no Bait-ul-Maqdis.
“E quando deu à luz, ela disse, ‘Meu Senhor!  Eu tive uma menina...e o menino não é igual à menina.”
Quando ela expressou sua tristeza, Deus a repreendeu dizendo:
“Deus sabe melhor o que ela deu à luz...”  (Alcorão 3:36)
...porque Deus escolheu sua filha, Maria, para ser a mãe de um dos maiores milagres da criação: o nascimento virginal de Jesus, que Deus o exalte.  Hannah chamou a sua filha de Maria (Mariam em árabe) e invocou a Deus que a protegesse e à sua criança de Satanás:
“E eu a chamei de Maria (Mariam), e a entrego e à sua descendência à Tua proteção, contra o maldito Satanás.” (Alcorão 3:36)
Deus de fato aceitou essa súplica, e Ele deu a Maria e seu filho que estava por vir, Jesus, um tratamento especial – que não foi dado a ninguém antes e nem a ninguém depois; nenhum dos dois foi afligido pelo toque de Satanás ao nascer.  O Profeta Muhammad, que Deus o exalte, disse:
“Todos que nascem Satanás toca ao nascer, e a criança nasce chorando por causa de seu toque, exceto Maria e seu filho (Jesus).” (Ahmed)
Aqui, nós podemos ver imediatamente a similaridade entre essa narrativa e a teoria cristã da “Imaculada Conceição” de Maria e Jesus, embora aqui exista uma grande diferença entre as duas.  O Islã não propaga a teoria do ‘pecado original’ e, portanto, não aceita essa interpretação de como eles eram livres do toque de Satanás, mas ao contrário essa foi uma graça dada por Deus à Maria e seu filho Jesus.  Como outros profetas, Jesus foi protegido de cometer pecados graves.  Quanto à Maria, mesmo se adotarmos a posição de que ela não era uma profetisa, ela todavia recebeu a proteção e orientação de Deus que Ele concede aos crentes piedosos.
“Então seu Senhor acolheu-a com bela acolhida, e fê-la crescer em pureza e beleza, e a confiou aos cuidados de Zacarias.” (Alcorão 3:37)
No nascimento de Maria, sua mãe Hannah a levou a Bait-ul-Maqdis e a ofereceu àqueles no templo para crescer sob sua tutela.  Conhecendo a nobreza e religiosidade de sua família, eles discutiram sobre quem teria a honra de educá-la.  Eles concordaram em tirar a sorte, e não foi ninguém menos que o profeta Zacarias o escolhido.  Foi sob o seu cuidado e tutela que ela foi educada.

Milagres em sua Presença e Visitação dos Anjos

Enquanto Maria crescia, até mesmo o profeta Zacarias notou as suas características especiais, devido aos vários milagres que ocorreram na presença dela.  Maria, durante o seu crescimento, recebeu um quarto recluso dentro do templo onde ela devia se devotar à adoração de Deus.  Toda vez que Zacarias entrava na câmara para ver o que ela precisava, ele encontrava frutas abundantes, e fora da estação, na presença dela.
“Cada vez que Zacarias entrava na câmara, ele a encontrava provida com sustento.  Ele disse, ‘Ó Maria!  De onde te provém isso?’  Ela respondia, ‘De Deus.’  Certamente Deus concede sustento sem medida a quem Ele quer.” (Alcorão 3:37)
Ela foi visitada pelos anjos em mais de uma ocasião.  Deus nos diz que os anjos a visitaram e a informaram de sua condição louvável entre a humanidade:
“Quando os anjos disseram, ‘Ó Maria!  Deus te escolheu e te purificou (devido à tua adoração e devoção), e te escolheu (fazendo-te mãe do profeta Jesus) sobre todas as mulheres dos mundos.  Ó Maria!  Ore a teu Senhor devotadamente, e te prostra e te curva com aqueles que se curvam.’” (Alcorão 3:42-43)
Devido a essas visitações dos anjos e por ela ter sido escolhida sobre as outras mulheres, alguns consideram que Maria foi uma profetisa.  Mesmo se ela não foi, o que é matéria de debate, o Islã a considera detentora da posição mais alta entre todas as mulheres da criação devido à sua piedade e devoção, e devido ao fato dela ter sido escolhida para o nascimento milagroso de Jesus.

Sua Anunciação

Deus nos informa de quando os anjos deram à Maria as boas novas de uma criança, a posição de seu filho na terra, e alguns dos milagres que ele realizaria:
“Quando os anjos disseram, ‘Ó Maria!  Certamente Deus te dá as boas novas de um Verbo (Sua palavra, ‘Sê’) Dele, cujo nome é o Messias, Jesus, filho de Maria, honorável nesse mundo e no Outro, e entre os próximos a Deus.  Ele falará aos homens ainda no berço, e na maturidade, e será dos virtuosos.’  Ela disse, ‘Meu Senhor, como poderei ter um filho se nenhum homem me tocou?’  Ele disse, ‘Assim é, Deus cria o que Ele quer.  Quando Ele decreta algo, apenas diz-lhe ‘Sê’, e é.  E Ele lhe ensinará o Livro e a Sabedoria, e o Torá e o Evangelho.” (Alcorão 3:45-48)
Isso se parece muito com as palavras mencionadas na Bíblia:
“Não tenhas medo, Maria, porque fostes favorecida por Deus. Muito em breve ficarás grávida e terás um menino, a quem chamarás Jesus.”
Atônita, ela respondeu:
“Mas como posso ter um filho, se sou virgem?” (Lucas 1:26-38)
Essa situação foi um grande teste para ela, porque sua grande piedade e devoção eram conhecidas por todos.  Ela previu que as pessoas a acusariam de não ser casta.
Em outros versículos do Alcorão, Deus relata mais detalhes da anunciação por Gabriel de que ela daria à luz a um Profeta.
“E menciona no Livro, Maria, quando ela se isolou de seu povo em um lugar na direção do oriente.  E colocou um véu entre ela e eles; então Nós enviamos Nosso Espírito (Gabriel), e ele apareceu como um homem em todos os aspectos.  Ela disse, ‘Verdadeiramente eu me refugio no Misericordioso (Deus) contra ti, temes a Deus.’  Ele disse, ‘Eu sou apenas um mensageiro de teu Senhor, (para te anunciar) a dádiva de um filho virtuoso.’ (Alcorão 19:17-19)
Uma vez, quando Maria foi ao templo para os seus afazeres, o anjo Gabriel apareceu para ela na forma de um homem.  Ela ficou assustada devido à proximidade do homem, e buscou refúgio em Deus. Gabriel então disse a ela que ele não era um homem comum, mas um anjo enviado por Deus para anunciar a ela que ela teria uma criança muito pura.  Atônita, ela exclamou
“Ela disse, ‘Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e eu nunca fui mundana?!’” (Alcorão 19:19-20)
O anjo explicou que era um Decreto Divino que já tinha sido decretado, e que de fato era algo fácil para Deus o Todo-Poderoso.  Deus disse que o nascimento de Jesus, que Deus o exalte, seria um sinal de Sua Onipotência, e que, assim como Ele criou Adão sem pai ou mãe, Ele criou Jesus sem pai.
“Ele disse, ‘Assim será,’ teu Senhor disse: ‘Isso é fácil para Mim, e farei dele um sinal para os homens, e Misericórdia de Nossa parte, e essa é uma questão que já foi decretada.’” (Alcorão 19:21)
Deus soprou em Maria o espírito de Jesus através do anjo Gabriel, e Jesus foi concebido em seu ventre, como Deus disse em um outro capítulo:
“E Maria a filha de Heli, que guardou sua castidade, Nós sopramos nela através de Nosso Espírito (Gabriel).” (Alcorão 66:12)
Quando os sinais de gravidez se tornaram aparentes, Maria ficou ainda mais preocupada com o que as pessoas falariam sobre ela.  As notícias sobre ela se espalharam, e como era inevitável, alguns começaram a acusá-la de não ser casta.  Ao contrário da crença cristã de que Maria era casada com José, o Islã mantém que ela não era noiva ou casada, e foi isso que causou a ela tal angústia.  Ela sabia que as pessoas chegariam à única conclusão lógica em relação à sua gravidez, de que tinha acontecido fora do casamento.  Maria se isolou das pessoas e partiu para uma outra terra.  Deus diz:
“E ela o concebeu, e se isolou com ele em um lugar remoto.  As dores do parto a levaram ao tronco de uma palmeira.” (Alcorão 19:22-23)

O Nascimento de Jesus

No início de seu parto, ela estava em profunda dor, tanto mental quanto física.  Como poderia uma mulher de tal piedade e nobreza ter um filho fora do casamento?  Nós devemos mencionar aqui que Maria teve uma gravidez normal que não foi diferente das outras mulheres, e teve o seu filho como as outras também.  Na crença cristã, Maria não sofreu as dores do parto, porque o Cristianismo e o Judaísmo consideram a menstruação e o parto como uma maldição sobre as mulheres pelo pecado de Eva[1].  O Islã não suporta essa crença, nem a teoria de ‘Pecado Original’, mas ao contrário enfatiza fortemente que ninguém deve carregar o pecado de outros:
“Nenhuma alma peca exceto contra si mesma, e nenhuma alma pecadora arca com o pecado de outra.” (Alcorão 6:164)
Não apenas isso, mas nem o Alcorão nem o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, sequer mencionam que foi Eva quem comeu da árvore e instigou Adão.  Ao contrário, o Alcorão culpa ou apenas a Adão ou a ambos:
“E Satanás lhes sussurrou, e os desencaminhou com artifício.  Então quando ambos provaram da árvore, o que estava oculto de suas vergonhas (partes íntimas) se tornou manifesto para eles"  (Alcorão 7:20-22)
Maria, devido à sua angústia e dor desejou que nunca tivesse sido criada, e exclamou:
“Quem dera tivesse morrido antes disso, e tivesse sido esquecida.” (Alcorão 19:23)
Após o parto do bebê, e quando sua angústia não podia ser maior, o bebê recém-nascido, Jesus, que Deus o exalte, milagrosamente falou abaixo dela, lhe tranqüilizando e reassegurando de que Deus a protegeria:
“E abaixo dela uma voz chamou-a, ‘Não te entristeças, porque o teu Senhor fez correr abaixo de ti um regato.  E move em tua direção o tronco da tamareira; ela fará cair sobre ti tâmaras maduras, frescas.  Então come e bebe e fica feliz.  E se vês alguém, dize, ‘De fato fiz votos de silêncio ao Misericordioso e hoje não falarei com pessoa alguma.’” (Alcorão 19:24-26)
Maria se tranqüilizou.  Esse foi o primeiro milagre realizado nas mãos de Jesus.  Ele falou tranqüilizando sua mãe em seu nascimento, e uma vez mais quando as pessoas a viram carregando seu bebê recém-nascido.  Quando eles a viram eles a acusaram dizendo:
“Ó Maria, com efeito, fizeste uma coisa assombrosa!” (Alcorão 19:27)
Ela simplesmente apontou para Jesus e ele milagrosamente falou, como Deus tinha prometido a ela na anunciação.
“Ele falará aos homens ainda no berço, e na maturidade, e será dos virtuosos.’ (Alcorão 3:46)
Jesus disse às pessoas:
“Eu sou de fato um servo de Deus.  Ele me concedeu o Livro e fez de mim um Profeta, e Ele me fez abençoado onde quer que eu esteja.  Ele me recomendou as orações, a caridade, enquanto eu viver. Ele me fez carinhoso com a minha mãe, e Ele não me fez insolente, infeliz.  E que a Paz esteja sobre mim no dia em que nasci, e no dia em que morrer, e no dia em que eu for ressuscitado.” (Alcorão 19:30-33)
A partir daqui começa o episódio de Jesus, seu esforço de uma vida para chamar as pessoas para adorar a Deus, escapando das conspirações e planos daqueles judeus que se empenhariam em matá-lo.

Maria no Islã

Nós já discutimos a grande posição que o Islã concede à Maria.  O Islã dá a ela a posição de ser a mais perfeita das mulheres criadas.  No Alcorão, nenhuma mulher recebe mais atenção do que Maria embora todos os profetas, com exceção de Adão, tivessem mães.  Dos 114 capítulos do Alcorão, ela está entre as oito pessoas que têm um capítulo com o seu nome: o capítulo dezenove, “Mariam”, que é Maria em árabe.  O terceiro capítulo no Alcorão tem o nome do pai dela, Imran (Heli).  Os capítulos Mariam e Imran estão entre os capítulos mais bonitos no Alcorão.   Além disso, Maria é a única mulher especificamente mencionada pelo nome no Alcorão.  O Profeta Muhammad disse:
“As melhores mulheres do mundo são quatro: Maria a filha de Heli, Aasiyah a esposa do Faraó, Khadija bint Khuwaylid (a esposa do Profeta Muhammad), e Fátima, a filha de Muhammad, o Mensageiro de Deus.” (Al-Tirmidhi)
Apesar de todos esses méritos que mencionamos, Maria e seu filho Jesus foram somente humanos, e não tinham características que fossem além do campo da humanidade.  Ambos foram seres criados e ambos ‘nasceram’ nesse mundo.  Embora eles estivessem sob o cuidado especial de Deus que os prevenia de cometer pecados graves (proteção total – como outros profetas – no caso de Jesus, e proteção parcial como outras pessoas virtuosas no caso de Maria, se adotarmos a posição de que ela não foi uma profetisa), eles ainda estavam sujeitos a cometer erros.  Ao contrário do Cristianismo, que considera Maria como irrepreensível[2], ninguém recebeu essa qualidade de perfeição exceto Deus.
O Islã ordena a crença e implementação de monoteísmo estrito; de que ninguém tem quaisquer poderes sobrenaturais além de Deus, e que apenas Ele merece adoração e devoção.  Embora milagres tenham ocorrido nas mãos dos profetas e pessoas virtuosas durante suas vidas, eles não tinham poder para se ajudar, quanto mais a outros, após sua morte.  Todos os humanos são servos de Deus e precisam de Sua ajuda e misericórdia.
O mesmo é verdadeiro para Maria.  Embora muitos milagres tenham ocorrido na presença dela, tudo cessou após sua morte.  Quaisquer alegações que as pessoas fizeram de que viram aparições da Virgem, ou que pessoas foram salvas do perigo após invocá-la, como as mencionadas em literatura apócrifa como “Transitus Mariae”, são meras aparições feitas por Satanás para desencaminhar as pessoas da adoração e devoção ao Único Verdadeiro Deus.  Devoções como a “Ave Maria” recitada sobre o rosário e outros atos de engrandecimento, como a devoção de igrejas e festas específicas para Maria, levam as pessoas a engrandecer e glorificar outros além de Deus.  Devido a essas razões, o Islã proibiu estritamente inovações de qualquer tipo, assim como a construção de locais de adoração sobre túmulos, tudo para preservar a essência de todas as religiões enviadas por Deus, a mensagem pura para adorá-Lo somente e deixar a falsa adoração de todos os outros além Dele.
Maria foi uma serva de Deus, e ela foi a mais pura de todas as mulheres, especialmente escolhida para o nascimento milagroso de Jesus, um dos maiores de todos os profetas.  Ela foi conhecida por sua piedade e castidade, e continuará a ser mantida nessa alta consideração através dos tempos que estão por vir.   Sua estória tem sido relatada no Glorioso Alcorão desde o advento do Profeta Muhammad, e continuará assim, inalterada em sua forma pura, até o Dia do Juízo.