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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Mesquita Maior de Granada

Mezquita Mayor de Granada:

Após 511 anos a cidade de Granada, na Espanha, volta a ter uma mesquita.


O ano era 1492. O dia: 02 de Janeiro. Neste momento histórico os reis católicos Fernando V de Aragão e Isabel I de Castela entravam solenemente na cidade de Granada, no sul da Península Ibérica, e tomavam posse do último bastião muçulmano na Europa: as Guerras de Reconquista estavam encerradas.

Fernando e Isabel recebem a rendição da cidade de Granada em 02/01/1492

Imediatamente o palácio dos emires de Granada, a magnífica Alhambra, foi ocupada e ali, onde até então se louvava o nome de Allah há sete séculos, foram ministradas missas e procissões. As mesquitas foram transformadas em igrejas e a população muçulmana foi convertida ao cristianismo, em sua maioria forçada pela ameaça da morte na fogueira.

Mas no verão espanhol de 2003 uma mesquita foi inaugurada em Granada, 511 anos após a tomada da cidade pelos Reis Católicos. Foi, nas palavras dos próprios muçulmanos locais, um "hito histórico. Em sua página principal, o site da mesquita afirma o seguinte:
"La apertura de la Mezquita Mayor de Granada en el verano del año 2003 marcó un hito histórico, al igual que su silueta en el horizonte del Albaicín y frente a la majestuosa estampa de la Alhambra y Sierra Nevada representa un hito en el paisaje de Granada.
La Mezquita Mayor de Granada representa la restauración de un vínculo perdido y señala la continuidad, después de un paréntesis de 500 años, de una tradición fecunda y enriquecedora en todas las esferas del quehacer humano.
La Mezquita Mayor de Granada es también un signo de la vitalidad del mensaje profético del Islam y su relevancia en Europa y en Occidente. Las contribuciones al saber, el pensamiento y la cultura del mundo islámico a través de España fueron muy importantes en el pasado y los musulmanes europeos de hoy aspiramos a contribuir a la transformación del mundo en que vivimos donde tantas injusticias y dilemas acuciantes nos afectan a todos.
El Islam es el último mensaje revelado, que ofrece las alternativas viables y naturales al capitalismo voraz y a la rápida disolución de todos los valores en la actual sociedad de consumo".
A abertura da Mesquita Maior de Granada é um exemplo de tolerância e respeito, pelo qual os espanhóis de Granada estão de parabéns. A existência de um templo religioso é sempre importante para as comunidades locais onde estão construídos, mas no caso específico de Granada, com todas suas vicissitudes históricas ligadas à ocupação árabe, à Reconquista católica e à herança moçárabe local, torna-se ainda mais importante.
Vista do pátio interno da Mesquita Maior de Granada

Interior da Mesquita Maior de Granada em dia de oração

Site da Mezquita Mayor de Granada:

http://www.mezquitadegranada.com/





sexta-feira, 17 de julho de 2015

Comemoração do Eid Al Fitr - O Final de Ramadã

Neste 17 de julho de 2015 comemoramos o final de Ramadã com uma reza emocionante e um café da manhã delicioso:

Apresentação da Mesquita de Santo Amaro durante o Takibiratil 'Id, a reza do final de Ramadã:


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Festa do Final de Ramadã - Eid Al Fitr

Um dia especial para o fim de Ramadã

Na mesquita, orações, cumprimentos e um belo café da manhã:

Hoje foi um dia muito especial: a festa do final do mês sagrado de Ramadã, chamada de Eid Al Fitr, marcou o encerramento de um mês de jejum, orações e boas ações de todos os muçulmanos ao redor do mundo. Como não poderia deixar de ser, fiz todo o possível para comparecer na mesquita de Santo Amaro, pela qual tenho um carinho especial, pois foi a primeira mesquita que visitei na vida.
A caminho do café da manhã: após o final do Ramadã, juntamente com os irmãos muçulmanos, encaminho-me para o café da manhã comunitário

Ao chegarmos na mesquita, rezamos o tacbir, oração especial para o dia; depois rezamos a oração em comunidade, cerca de duzentas pessoas juntas, sendo que as mulheres rezaram em um lugar reservado.
A emoção era muito grande entre todos os presentes, pois haviam se esforçado muito para chegar àquele dia. Entre os presentes havia até um senhor de 106 anos, esbanjando saúde e bom humor. Cumprimentamos uns aos outros e encontrei o Prof. Samir El Hayek, o grande colaborador deste blog.
Depois foi a hora do café da manhã coletivo, com a fartura que todos os jejuadores mereciam depois dos esforços de Ramadã.
Foi um dia espetacular para todos nós. A grande festa da fé e como ela nos faz suportar todos os desafios para adorarmos a Deus. A fé, realmente, move montanhas.
Muitos irmãos muçulmanos participaram do café da manhã do final do Ramadã: um momento especial com muitas delícias

A todos os leitores deste blog, muito obrigado pela paciência com os meus textos e minhas divulgações. Espero que tenham ajudado a esclarecer um pouco mais sobre o Islamismo. Se isso ocorreu em algum momento, considero cumprida parte da minha missão e minha ação de Ramadã. 

Que Allah me dê forças para continuar a alimentar este blog com informações úteis e corretas.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Salat Jumaa - Mensagem sobre lembrar dos nossos pais - Islamismo

Mensagem sobre como podemos honrar nossos pais

Uma postagem pessoal sobre como aproveitei a sexta-feira para cumprir uma obrigação alcorânica de respeito aos pais:

No dia de hoje eu deveria ir para a mesquita, pois é uma sexta-feira de Ramadã, dia sagrado para os muçulmanos. No entanto, ao invés disso, aproveitei certos compromissos para ir também ao centro da cidade de São Paulo, onde vivi minha infância junto com meus pais. Hoje meus pais não moram mais comigo e não estou em condições de ir visitá-los.
No Alcorão os pais são considerados como muito importantes, sendo que temos que respeitá-los sem discussão, honrá-los sempre e manter a lembrança carinhosa deles. Só não devemos obedecê-los quando estes tentarem nos impôr divindades diferentes de Allah.
Por isso, resolvi que, ao visitar estes locais importantes da minha infância, estaria lembrando deles e honrando-os. Minha infância foi muito sofrida, com muitas privações. Meus pais fizeram "das tripas corações" para me manter com saúde e, o mais importante, com conhecimento e cultura, para que eu fosse atrás dos meus objetivos. Revivendo estes locais, eu procurei honrá-los como se estivesse visitando pessoalmente a ambos. Cumprindo uma obrigação alcorânica creio que me desculpei por não ter ido à mesquita. Veja o breve vídeo que fiz sobre este tema, hoje de manhã:
Mensagem por vídeo sobre o respeito aos pais, nesta sexta-feira (Salat Jumaa)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Oração de Sexta-Feira: 18/07/2013

Oração de Sexta Feira - Salat Jumaa

Encontro com os irmãos e com o Prof. Samir El Hayek:

Para os muçulmanos o dia sagrado é a sexta feira, na qual o Alcorão começou a ser revelado. E no mês de Ramadã as orações de sexta feira são ainda mais importantes. Rezar em conjunto na mesquita, em uma sexta feira de Ramadã triplica ainda mais as nossas bênçãos.
E nesta sexta feira minha alegria foi ainda maior, pois visitei a mesquita de Santo Amaro, primeira mesquita que visitei, ao lado do meu pai Hassan e meu amigo querido e irmão Chaban. Qual não foi minha surpresa quando encontrei lá o Prof. Samir El Hayek, que ficou sabendo do meu blog e deu sua total aprovação para o meu blog e também usar seus comentários nas traduções do Alcorão que estou postando diariamente.
Sexta-feira: 19/07/2013 - Mesquita de Santo Amaro

Foi muito bom revisitar aquela mesquita. Talvez pelo fato de ter sido a primeira mesquita que visitei, eu tenho um apego maior e me sinto melhor nesta mesquita, mais a vontade. Todos os interessados podem visitar uma mesquita, desde que respeitem algumas regrinhas: os homens não podem usar calçados lá dentro e as mulheres têm de usar o véu dentro do recinto da mesquita.
Cúpula da mesquita de Santo Amaro: beleza da cultura árabe


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Como me tornei muçulmanos? Parte 2

Crônica de como, no final de 2001, optei pela reversão ao Islã:


Retomando o meu relato, após a leitura da biografia do profeta Mohammad, tomei a decisão de me converter ao Islamismo, mas precisava de uma orientação, uma vez que jamais havia tido contato com muçulmanos, muito menos conhecia mesquitas ou como me portar nelas. Mas eu tinha um caminho para iniciar minha empreitada: próximo à casa de minha avó, na cidade de Diadema, havia um comerciante de materiais de construção, que eu sabia que era árabe, ao qual fui visitar e disse que tinha interesse de conhecer o Islamismo para me converter. Ele foi muito solícito e ensinou-me praticamente tudo: como recitar em árabe alguns capítulos do Alcorão; como rezar, com todos os movimentos necessários; como realizar a ablução (limpeza antes das orações); como ir e como se comportar em uma mesquita. A primeira mesquita a qual fui fica em Santo Amaro, na Avenida Yervant Kissajikian, em companhia do Hassan, que para mim, a partir daquele momento, se tornou um segundo pai.
Mesquita de Santo Amaro - a primeira que eu visitei

A partir dali o meu avanço nos conhecimentos sobre o Islamismo foram rápidos: frequentei por algum tempo a escola islâmica que ficava anexa à mesquita e comecei a ler alguns capítulos do Alcorão diretamente do árabe, o que facilitou para que eu decorasse mais capítulos e lesse outras passagens também. É claro que eu poderia ter me desenvolvido muito mais ao longo de todos estes anos; no entanto, creio que tem sido uma jornada muito edificante, na qual encontrei meu lado espiritual mais elevado e uma paz religiosa que nunca havia alcançado antes.
Interior da Mesquita de Santo Amaro - local da minha primeira oração como muçulmano

Muitos podem estar estranhando o fato de eu ter citado que "reverti-me" ao Islamismo, ao invés de usar o termo "converti-me" ao Islamismo. Posso explicar isto da seguinte forma: segundo o Islã, todos nós nascemos muçulmanos, isto porque muçulmano significa "servo de Allah, submisso a Allah", ou seja, submisso e obediente ao Deus Único. No entanto, ao crescermos e por diversos motivos, mudamos de religião (no caso daqueles que optam por outra religião) e adoram outros deuses ao lado de Allah. Quando proferimos a shahada, ou profissão de fé, voltamos a ser monoteístas, como éramos quando nascemos. Portanto, não se trata de uma conversão, ou adoção de uma nova e inédita postura. Trata-se tão somente de um retorno, ou reversão a uma condição a qual já estivemos um dia.
Estas peculiaridades sobre o Islamismo pretendo explicar ao longo das futuras postagens no meu blog. Não percam e continue prestigiando o blog.