sábado, 17 de agosto de 2013

Adh Dhuha - As Horas da Manhã

Capítulos curtos do Alcorão - Adh Dhuha - As Horas da Manhã

Tradução e explicações do Prof. Samir El Hayek (vídeo com a recitação do capítulo):

Mais uma vez o Alcorão salienta a ajuda que concedeu ao profeta do Islamismo, Mohammad, que adveio de uma situação pobre e humilde e, não obstante, assumiu uma posição de destaque ao ser escolhido por Deus para ser o profeta da religião islâmica.  Portanto, destaca que devemos ser agradecidos com as bênçãos que recebemos ao longo de nossa vida, pois temos que nos lembrar das coisas boas que recebemos.
1- Pelas horas da manhã,
2- E pela noite, quando é serena,
3- Que o teu Senhor não te abandonou, nem te odiou.
4- E sem dúvida que a Outra Vida é melhor para ti, do que a presente.
5- Logo o teu Senhor te agraciará, de um modo que te satisfaça.
6- Porventura, não te encontrou órfão e te amparou?
7- Não te encontrou extraviado e te encaminhou?
8- Não te achou necessitado e te enriqueceu?
9- Portanto, não maltrates o órfão,
10- Nem tampouco repudies o mendigo,
11- Mas divulga a mercê do teu Senhor, em teu discurso.

Explicações do Prof. Samir El Hayek:
As horas da manhã representa a luz plena do sol quando, em seu esplendor, brilha, em contraste com as sombras da noite, que já passou. As crescentes horas da luz da manhã, do nascer do sol até ao meio-dia, equiparam-se ao crescimento da vida espiritual e do trabalho, ao passo que a quietude da noite constitui, para aqueles que a entendem, apenas uma preparação para isso. Não devemos imaginar que a serenidade ou a quietude da noite constitua um desperdício, ou signifique estagnação em nossa vida espiritual.

Há o caso do órfão, literal e figurativamente. O próprio profeta foi um órfão. Seu pai, Abdullah, morreu jovem, antes de Mohammad ter nascido, não deixando haveres alguns. Sua mãe, Amina, possuía saúde deficiente, e ele foi precipuamente criado por sua aia, Halima. Sua própria mãe morreu quando Mohammad tinha apenas seis anos de idade. Seu idoso avô, Abdul Muttalib, tratou dele como se fosse seu próprio filho, mas morreu dois anos mais tarde. Dali por diante, seu tio, Abu Talib, tratou dele, como se fora seu próprio filho. Deste modo, ele foi órfão por várias vezes, e mesmo assim o amor que recebeu, de cada uma das pessoas que tomaram conta dele, superou o costumeiro amor paterno ou materno.

O profeta nasceu em meio à idolatria e ao politeísmo de Meca, no seio de uma família que custodiava este falso culto. Ele percorreu as paragens em busca da Unicidade, e a encontrou, através da orientação de Deus. Nós, contudo, talvez nos encontremos vagando em dédalos de erros, em pensamentos, em motivações; devemos sempre orar pela graça de Deus, para que Ele nos dispense orientação.

Vídeo com a recitação do capítulo 93 do Alcorão


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