segunda-feira, 29 de julho de 2013

At Tacáçur - O Acúmulo

Capítulos curtos do Alcorão - 102º Capítulo - At Tacáçur

Tradução e explicações do Prof. Samir El Hayek:

Este capítulo do Alcorão, com oito versículos, aborda o fato dos homens acharem-se inatingíveis e darem muita importância para os bens materiais e aos prazeres mundanos, achando que estes bastarão para fazê-lo viver eternamento ou só ter alegrias em suas vidas. Não que a busca de bens materiais e tranquilidade em nossas vidas seja algo ruim; o problema está nas pessoas que acham que apenas isso é importante em nossas vidas. Daí, esquecem-se de procurarem ajudar umas às outras, esquecem-se de Deus e também das boas ações. Estas serão surpreendidas, nesta vida ou na outra.
1- O acúmulo vos entreterá,
2- Até visitardes os sepulcros.
3- Logo o sabereis!
4- Novamente, logo o sabereis!
5- Em verdade, se soubésseis da certeza da mente!
6- Verdadeiramente, então, havíeis de ver a Fogueira do Inferno!
7- Logo a vereis claramente.
8- Então, sereis interrogados, nesse dia, a respeito dos prazeres mundanos.

Explicações do Prof. Samir El Hayek:
O acúmulo, ou seja, a paixão de o indivíduo procurar um aumento de riqueza, de posição, do número de adeptos ou seguidores ou sustentadores, de produção e organização em massa, poderá afetar a ele, apenas, ou ainda uma sociedade ou não inteira. O exemplo ou a rivalidade com outras pessoas, em tais expedientes, poderá agravar a situação. Até certo ponto, isso talvez seja bom e necessário. Porém, quando se torna desordenado e chega a monopolizar a atenção, não deixa tempo para que sigamos as coisas elevadas da vida; uma clara admoestação é aqui apresentada, do ponto de vista espiritual. O homem poderá estar imbuído destas coisas, até que a morte se aproxime, sendo que, então, ele olhará para trás, para uma vida desperdiçada, no que diz respeito às coisas elevadas.

Há três espécies de yaquin (certeza da mente, conscientização). A primeira é a certeza da mente. Nós ouvimos, pela boca de alguém, ou deduzimos, de algo que conhecemos; isto se refere ao nosso próprio estado mental. Se instruíssemos as nossas mentes desta maneira, saberíamos valorizar melhor as coisas profundas da vida, e não desperdiçaríamos todo o nosso tempo em coisas efêmeras. Mas se não usarmos as nossas faculdades de raciocínio agora, veremos, com os nossos próprios olhos, o Castigo pelos nossos pecados. Estará certamente à vista.

Seremos interrogados, isto é, seremos responsabilizados por todo tipo de prazer que desfrutamos, quer seja um falso orgulho ou em deleite por coisas sem valor, ou coisas maléficas, para provarmos se somos capazes de nos conservar dentro dos limites razoáveis.

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