domingo, 14 de julho de 2013

Como me tornei muçulmano? Parte 1

Crônica de como, no final de 2001, optei pela reversão ao Islã:


No final de 2001, para ser mais preciso em novembro de 2001, eu deixei a religião católica, a qual professava desde pequeno, e me converti ao Islamismo, por livre e espontânea vontade. Não posso negar que os eventos de 11 de setembro de 2001 tiveram uma grande influência sobre minha decisão, não do ponto de vista de concordância com atos terroristas, mas sim do ponto de vista em que me levou a procurar conhecer mais esta religião. Eu precisava, como amante da História, descobrir o que havia na religião daqueles terroristas que levaria pessoas a cometerem os atos terroristas daquela Terça-Feira Negra para os Estados Unidos.
Particularmente eu não podia acreditar que uma religião, seja ela qual for, em seus princípios aprovasse ou incentivasse aqueles atos. Os conhecimentos que eu tinha a respeito do Islamismo eram apenas os obtidos na minha formação escolar: a questão do véu, de Maomé, das orações e da Caaba, o nome de Allah e pronto, nada mais além disso. Eu precisava agora conhecer mais a fundo. Fui até a biblioteca da minha faculdade e peguei um livro sobre a religião islâmica e comecei a lê-lo, mas nada de mais foi despertado naquele momento e deixei o assunto esfriar. Algumas semanas depois, porém, fui novamente à biblioteca - a qual frequentava bastante - e procurei um outro livro a respeito do Islamismo. Dessa vez o livro foi a biografia do profeta da religião islâmica, Maomé - mas que não é exatamente Maomé e sim Mohammad, o nome árabe que para os muçulmanos não se deve traduzir. O autor do livro era Aminuddin Mohammad e o título da obra era "Mohammad - O Mensageiro de Deus"
Capa do livro que me levou à reversão ao Islamismo



A leitura deste livro foi muito interessante desde o início. Contava a trajetória de Mohammad desde antes da sua profecia até a sua morte. Conforme eu ia lendo a sua biografia, mais e mais ficava interessado na vida de Mohammad. As considerações religiosas abordadas pelo Islamismo começaram a preencher as lacunas que o Catolicismo - e o Cristianismo por assim dizer - não conseguiam preencher na minha mente e no meu coração. Aos poucos a religião islâmica tornou-se menos confusa e menos diferente da minha religião até então. Coisas que eu não presumia anteriormente ficaram claras agora, como por exemplo o fato de Allah e Deus serem a mesma divindade, e não divindades diferentes; outro ponto que me chamou a atenção foi o fato de Jesus Cristo também ser muito considerado no Islamismo - ele é um profeta admirado - ao passo que antes eu imaginava que os muçulmanos não acreditavam nele. A crença dos muçulmanos na Torá dos judeus e nos Evangelhos dos cristãos também foi uma descoberta avassaladora. Paulatinamente o conhecimento do Islamismo foi preenchendo as minhas dúvidas e minhas indecisões de até então. Foi então que, como em um momento de insight, eu fechei o livro, olhei para o céu e pensei comigo mesmo: "eu acho que vou me converter, acho que vou virar muçulmano". Foi o ponto de partida para meu estudo mais frequente e frenético sobre o Islamismo. Mas a continuação eu vou deixar para amanhã, se Deus quiser.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá irmão...está aqui a segunda parte: http://islamismoestudo.blogspot.com.br/2013/07/como-me-tornei-muculmanos-parte-2.html

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